Escrito por Bruno Carrêlo Mota |
04-Jul-2011 |
O que esperar?
por: Bruno Carrêlo Mota
Finalmente Portugal, ou melhor, finalmente os seus governantes, resignaram-se e tiveram que solicitar ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
O panorama era deveras assustador! Fazendo fé na veracidade dos estudos e das projecções, Portugal apenas tinha fundos para fazer face aos seus compromissos até 31 de Maio de 2011.
É algo de assustador, para um Estado de Direito como o nosso e com a longa história que tem.
Portugal foi lançado para o caos financeiro, foi lançado para a imprensa comunitária e internacional como aquele pais que está na bancarrota. Note-se na presente notícia do Eurobarómetro:
«Cerca de 93 por cento dos inquiridos considera como ?má? ou ?muito má? a actual situação económica do país, e apenas 5 por cento se mostram optimistas em relação ao futuro e pensam que irá melhorar nos próximos 12 meses.
Portugal é também o país da União Europeia com o maior número de inquiridos pessimistas em relação à situação do emprego. O estudo revela uma avaliação negativa da situação nacional e pessimismo em relação ao futuro individual e do país.
A União Europeia surge como a instituição mais bem posicionada para combater a crise económica e financeira, assim como a moeda única é vista pela maior parte dos portugueses como tendo atenuado os efeitos da crise.
Os cidadãos portugueses mostram-se ainda a favor de um agravamento do défice público, de forma a gerar mais emprego no país, e atribuem menor prioridade à consolidação orçamental que o resto dos seus vizinhos europeus.»
É por demais evidente a situação deficitária de Portugal.
Acontece que continuamos a assistir a enormes discursos para as massas completamente vazios de conteúdo, em sede de soluções. Obviamente que soluções a curto prazo não as podemos ter, mas o que interessa para o futuro da nossa nação são soluções a médio e longo prazo que teimam em não existir, injectando dessa forma confiança nos cidadãos portugueses e nos mercados financeiros.
Sempre salvo melhor opinião o que falta é, tão somente, confiança.
Mas confiança em quem e no quê?
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Actualizado em ( 10-Ago-2011 ) |