O Estado da Segurança em Revista...

por Paulo Henriques dos Marques*

Cresci a ler a revista ?segurança?. Naquela época, em que pouca (in)formação havia para quem se iniciava numa profissão de Segurança e Higiene do Trabalho, já a revista divulgava conteúdos técnicos e uma cultura de segurança que raramente se encontravam neste país. Por isso, consumia cada edição da revista como se fosse ar necessário para respirar.

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Daí para cá, tudo evoluiu e a revista também. Não se limitando a continuar a ser simplesmente uma revista, a ?segurança? tornou-se num verdadeiro Movimento. Animada pela revista, toda uma dinâmica de formação, legislação, negócios, seminários, projetos, publicações científicas e técnicas, tem progredido, num ciclo virtuoso que não para de aumentar ? com todas as oportunidades associadas para os envolvidos.

Em resultado, a revista tem sido continuadamente reconhecida pelos diversos parceiros das várias vertentes de segurança, incluindo os da comunidade profissional e académica. Graças ao prestígio sólido de que já beneficia, nem a presente crise tem impossibilitado a ?segurança? de continuar a atrair e desenvolver talentos em várias vertentes da segurança.

Hoje em dia, continuo a crescer cada vez que contacto com a revista, nas suas várias formas de expressão e, em particular, sob a forma da clássica edição em papel ? que de clássica só tem o suporte físico, porque se apresenta com uma modernidade que compete com qualquer publicação internacional da especialidade.

Não perco cada nova edição desta revista. Questiono mesmo como me poderia considerar um profissional bem formado e atualizado, se não continuasse a ler a nossa revista ?segurança??

Passar o estado da segurança em revista é o que a ?segurança? faz de melhor, se for lida na globalidade e ao longo do tempo. Num determinado momento, como o atual, pode-se fazer um ponto de situação da segurança no nosso país e refletir sobre algumas tendências ? sem mais pretensões que a de contribuir para uma interpretação integrada dos sinais que os tempos vão dando de forma dispersa. No que toca às várias vertentes da segurança, o país vive o paradoxo de uma das épocas mais depressivas, em simultâneo com uma das épocas mais progressivas nos vários desafios da segurança. (?)

*Paulo Henriques dos Marques

Técnico Superior de SHT

Coordenador do Mestrado em Gestão da Prevenção

de Riscos Laborais ? ISLA Santarém