Resíduos Hospitalares: Prazos e Condições de Armazenamento

por Rosa Maria R. C. Pereira Neves*

Resumo

Este estudo abordou a gestão de Resíduos Hospitalares (RH) dos grupos I + II, III e IV, em 41 Unidades Privadas Prestadoras de Cuidados de Saúde - Pequenos produtores (UPPCS-PP) do Concelho de Leiria. O estudo desenvolveu-se em duas fases, decorreu num intervalo de tempo de 3 anos e pretendeu analisar e descrever as práticas de gestão de RH antes e depois da introdução de Formação Profissional (FP).

(...)

(...)

Neste artigo são apenas analisados os resultados referentes aos grupos III e IV para as variáveis Armazenamento, Recolha Externa e grupos I+II, III e IV para a variável Produção. Tendo como objetivo comprovar a desarticulação entre o quadro legal e as práticas de gestão de RH no que diz respeito às condições e prazos de armazenamento, os dados revelam que só 56% refere ter um lugar específico para armazenar os resíduos; cerca de 85% refere ter capacidade para armazenar os resíduos por mais de 7 dias, no entanto, só uma UPPCS-PP tem condições de refrigeração.

Em apenas 10% das organizações, os resíduos do Grupo III apresentam uma frequência de recolha externa semanal. Nos resíduos de grupo IV só 5% das organizações a efetuam com a mesma periodicidade. As restantes percentagens dizem respeito a recolha efetuada quinzenalmente, mensalmente ou à chamada.

A tendência média de produção total é de cerca de 86 litros de resíduos por dia, com uma representação de 89% para os resíduos não perigosos e de 11% para os resíduos perigosos.

Conclui-se que é urgente promover uma estratégia concertada entre o triângulo operacional que gere esta área: Lei/Produtor/

Empresas Especializadas de recolha e tratamento de RH.

(?)

*Rosa Maria R. C. Pereira Neves

Investigadora/Docente de SHST e Saúde Pública

Diploma de Estudos Avançados em SHST