Fatores Psicossociais de Risco no Trabalho: Uma Problemática, Diferentes Abordagens PDF Imprimir e-mail
Escrito por Lúcia Simões Costa   
27-Jun-2013

3. Fatores psicossociais de risco: ?Quando nós chegámos eles já tinham começado?

Nos dois últimos textos tentámos demonstrar a necessidade de considerar os riscos psicossociais de uma forma integrada, ou seja, em conjunto com os outros tipos de riscos profissionais, nomeadamente no que diz respeito à sua avaliação. (...)

(...) Assumimos que o conceito de fatores psicossociais de risco é mais adequado não só em termos de definições e conceções teóricas, mas, também, numa perspetiva de intervenção e expusemos uma classificação desses fatores, em seis dimensões ou categorias, cada uma delas contendo diversos indicadores, a saber: intensidade do trabalho e tempo de trabalho; exigências emocionais; falta/insuficiência de autonomia; má qualidade das relações sociais no trabalho; conflitos de valores e insegurança na situação de trabalho/emprego.

Vamos debruçar-nos desta vez sobre alguns dados que a literatura tem apresentado acerca desta problemática.

A frase que intitula este texto pertence a uma personagem que nos acompanha há muitos anos, a Mafalda do Quino. Enquanto ?boneco? a Mafalda é conhecida por não gostar de sopa e por, através do seu mundo infantil e inocente, retratar a realidade e os seres humanos de uma forma sagaz, crítica e pertinente. As ?angústias? da sua mente ?infantil? levaram-na a questionar problemas políticos, ambientais, de costumes e até científicos. Refletiu os conflitos da época, as progressivas mudanças e as alterações da (na) sociedade com um humor inteligente e que se mantém atual.

(?)

Lúcia Simões Costa

Doutoranda em Psicologia do Trabalho na Faculdade de

Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto

Mestre em Saúde Ocupacional

Licenciada em Psicologia do Trabalho

Professora-Adjunta da Escola Superior de

Tecnologia da Saúde de Coimbra