Dossier “Trabalho e saúde mental” PDF Imprimir e-mail
Escrito por Maria Antónia Frasquilho, Diana F. Guerreiro   
02-Mai-2012

2. Uso e abuso de substâncias psicoativas em meio laboral

Um problema importante e a aumentar

Estão definidos com clareza os impactos do consumo de álcool e outras substâncias psicotrópicas em meio laboral. São uma causa diária de prejuízos para o próprio e todos os circundantes, a empresa incluída, e, por último, lesam a economia do país. (...)

(...)

A Organização Internacional de Trabalho - OIT - considera, desde 1988, as intervenções neste âmbito como prioritárias e salvadoras de amplos recursos humanos e materiais. Refere que os locais de trabalho são um contexto adequado para a formulação e implementação de programas e políticas preventivas (Vitória, 1994).

Porém, ainda se está bem longe da resolução satisfatória. A organização supra citada, em 1996, alertou que, globalmente, 3-5% da população trabalhadora era dependente de álcool e 25% estava em risco de se tornar dependente. Estudos da responsabilidade da OMS estimam que 70% das pessoas com problemas de consumo de álcool trabalham e 62% das que consomem drogas estão enquadradas profissionalmente (Castro, Cleto e da Silva, 2011).

Os anos passaram e foram feitos progressos significativos na área da saúde ocupacional e da segurança no trabalho e muitos países já estão sensíveis quanto à necessidade de enfrentar estes tipos de problemas no mundo de trabalho. Mas os acidentes de trabalho e as perdas de produção ainda são significativas por estes motivos porque, ao nível da sociedade, ainda há um hiato grande quanto à efetiva resolução destes problemas.

O relatório anual sobre droga elaborado pela agência europeia OEDT (2010) indica que o ecstasy, as anfetaminas e as outras drogas sintéticas (fabricadas ilegalmente) afetam milhões de europeus e o consumo cresce a par de uma inundação do mercado com sempre novas drogas.

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*Maria Antónia Frasquilho

Psiquiatra

Pós graduada em Medicina do Trabalho

Mestre em Pedagogia da Saúde

**Diana F. Guerreiro

Psicóloga

Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde

Doutoranda em Saúde Mental

Actualizado em ( 03-Mai-2012 )