Qualidade do emprego: não há call center que corte a raiz ao pensamento PDF Imprimir e-mail
Escrito por João Fraga de Oliveira   
18-Fev-2009

Qualidade do emprego: não há call center que corte a raiz ao pensamento 

por: João Fraga de Oliveira

Sob a ameaça da recessão da economia a questão do emprego é crucial. Será mesmo, sem dúvida, o domínio económico e social onde, aos níveis micro e macro, a repercussão da situação da(s) economia(s) é de prever que seja mais (...)

mais importante, sendo, por isso, natural que, politicamente, o emprego seja considerado ?a prioridade das prioridades das políticas públicas?1.

Mas, mais do que isso (e, aliás, também por isso), é uma questão que respeita às pessoas, visto que é essencialmente nestas, nas pessoas como tal, nas suas concretas condições de trabalho e de vida, que esta questão radica e se projecta.

Assim, qualquer política de emprego que, de algum modo, não considerar (também) a qualidade deste, deixará de o ser completamente, na medida em que omitirá da concepção e acção dessa política aquilo que, do emprego, verdadeiramente (apesar de, por circunstanciais condicionalismos socio-económicos, isso poder não ser percebido de imediato) mais releva(rá) para as pessoas, para a sua condição humana, social e económica.

O emprego das contas

No entanto, em geral, a reflexão desta questão tem-se limitado praticamente à sua vertente macroeconómica, assente numa lógica mercantil (a lógica do ?mercado de trabalho?) e baseada em abstracções estatísticas que, de tão evidentes, ?cegam? para o que, do emprego é a essência e que, por isso, dele deve ser o essencial objecto e objectivo: as pessoas.

Para dar um exemplo de circunstância, sobre o desemprego, o debate público quase se tem confinado (...)

Actualizado em ( 20-Fev-2009 )
 
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